As badjias da vida!
SÃO muitas as mães que, como a dona Ana Francisco, se dedicam à venda de badjias para sustentar as suas famílias. Todos os dias, como está registado pelas lentes do foto-jornalista Carlos Uqueio, dona Ana Francisco acorda muito cedo para moer o feijão no alguidar de modo a transformá-lo em badjia. Em abono da verdade, há muito tempo, este já não é um simples produto. É dele que provém a renda de muitas famílias e é por isso um contribuinte para o crescimento, ainda que mínimo, da economia do país. Provém dos campos agrícolas para nutrir milhões de cidadãos, estes clientes que não são poucos e esta não é apenas uma realidade dum Moçambique. Há badjias do Rovuma ao Maputo. História e cultura são duas componentes que compõem os outros ângulos de visão, isto é, a outra forma de encarar esta iguaria que a própria dona Ana Francisco, testemunha, já vende desde 1993. A pensar nisso, aliás, foi um dos produtos mais apreciados da última feira de gastronomia organizada pelo Museu Mafalala, organizada num museu, um lugar de história e cultura.
Texto-Lucas Muaga
Foto-Carlos Uqueio
Editado e publicado no Jornal Noticias
17/07/2021