quinta-feira, 28 de julho de 2016

                                             Estórias de vida no rio Chire

No rio Chire, um velho batelão, que funciona à manivela, garante a travessia de pessoas e bens para o distrito de Morrumbala, na Zambézia, e para Mutarara, na província de Tete. Os condutores suam as estopinhas para fazer aquela embarcação deslizar sobre aquelas águas povoadas por tilápias e medonhos crocodilos.
Alguns passageiros desentorpecem os músculos dando uma mão ao homem da manivela. Todos transpiram. E a barcaça vai lenta. Lentíssima. Nas margens, a população local refresca-se em banhos. Despidos de medo.Dizem que estão vacinados contra as investidas dos jacarés. Os forasteiros torcem o nariz e se afastam da água para não virar personagem de estórias de sorte e azar.
Texto: Jorge Rungo
Fotos: Carlos Uqueio









sábado, 30 de janeiro de 2016

Biografia de Carlos Uqueio





Foto oficial de Carlos Uqueio


Dinâmico, dedicado e bastante profissional. Carlos Uqueio,sou um
jovem que tenho vindo a deixar as minhas marcas no fotojornalismo
moçambicano.

Nasci no bairro Zona verde, município da Matola,
província de Maputo. Iniciei na fotografia em 2007 a convite de um amigo
vizinho de nome Bernardo Obadias Munguambe o qual me solicitara para
ser seu ajudante, sobretudo aos fins-de-semana.

Por essas alturas tinha 15 anos e não sabia nada de cameras, lentes, focos,
ângulos e tudo que diz respeito a fotografia. Nesses anos fazia fotos para
casamentos, festas ou qualquer evento que as pessoas desejassem registar.

Fiz o ensino primário na Escola Primária Completa Benfica Nova. Depois
frequentei a então Escola Industrial e Comercial da Matola, tendo me
formado em Química Analítica Básica. Por essas alturas só podia fotografar
nas férias, uma vez que não possuía uma máquina fotográfica própria.
Em 2011 ingressei no Instituto de Formação de Professores da Matola,
tendo-me formado em Ensino da Língua Inglesa. Apaixonado pela
fotografia, no mesmo ano adquiri minha primeira máquina fotográfica, uma
vez que já tinha conquistado um bom número de clientes, o que lhe
garantia uma boa renda.

Em 2012 matriculei-me na Academia de Comunicação, onde aprendi
técnicas de filmagem e edição de vídeo. No ano seguinte, ingressei no
Centro de Documentação e Formação Fotográfica, onde fiz o curso básico
de fotografia digital.

Bastante autodidacta quando o assunto é fotografar, percebi cedo que o
mundo digital está a evoluir e que é necessário aperfeiçoar os
conhecimentos, para poder fotografar de forma profissional.

Na busca pelos novos desafios, em julho de 2013 iniciei um estágio
profissional no jornal Expresso Moz. Talentoso, o meu olhar através das
lentes fez com que fosse solicitado pelo jornal Público ainda no mesmo ano
para um estágio pré-profissional.
Insatisfeito, busquei novos desafios. Nos princípios de 2014 comecei a
colaborar com o jornal Debate e em Maio do mesmo ano iniciei um estágio
no jornal Domingo.
Fui monitor de fotografia na Academia de Comunicação ainda em 2014.
Com o novo governo que tomou posse em princípios de Janeiro de 2015,
comecei a colaborar com gabinete de comunicação do Primeiro-Ministro,
tendo-me tornado o seu fotógrafo oficial.

Já fotografei em países como Suazilândia, África do Sul, Zâmbia, Etiópia,
Egipto, Emirados Árabes Unidos, Índia e Vietname, Estados Unidos da
America, Niger, Qatar,e França.

Inspirado, acredito que posso mostrar o mundo através da fotografia.
Dentre os vários temas, a angústia, a solidão, o desamparo são alguns dos
temas que mais me tocam a alma.Acredita que minhas lentes não só captam
imagens, mas também sentimentos.

Sou Técnico Médio Em Administração Pública, formado pelo Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo.

Em Junho de 2023, Sagrei-me vencedor(Primeiro lugar) no concurso promovido pela CDM sobre ambiente, edição 2023, na categoria de fotojornalismo.

Sou empreendedor na área de Lanchonete especializado na preparação de Frango grelhado, hambúrguer, Sorveteira e sumo de cana doce. 
     





Meu Pai trabalhou como Cozinheiro na residência Oficial do Antigo Presidente da Assembleia Popular (Republica), Marcelino dos Santos, onde mais tarde veio a ser transferido para a Assembleia da Republica, trabalhando como Servente e de lá, veio a perder a vida em Agosto 2009.

                                          Minha mãe, Maria Ngomane

Ao lado dos meus irmãos mais velhos


No curso de Quimica Laboratorial na Matola


Durante a formação como Operador de Camera na Academia de Comunicação





Fotografando o antigo PM, Carlos Agostinho do Rosario aquando da visita ao INS,em Maputo





Recebendo Prémio CDM Ambiente, na Categoria de foto-jornalismo


SEXA PM Adriano Maleiane, parabenizando-me em Paris, Franca por ocasião do meu aniversario e do prémio recebido de foto-jornalismo CDM 2023





Não Sou De Cor, Sou negra.

Não sou de cor, sou negra cor de luto.
Não sou de cor, sou negra e contra o preconceito luto.
Não sou de cor, sou negra com coração sem rancor.
Não sou de cor, sou negra com coração que brota amor.
Os negros também merecem louvor.
Todas raças merecem valor.
Não sou de cor, sou negra
Por que sou oprimida com o desnível social e racial?
Não sou de cor, sou negra com direitos humanos como no geral.
A cor negra é uma das diferenças e riquezas.
Pele negra, também, é a cor da beleza.
Texto de: Morgado Mbalate

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Carlos Agostinho do Rosário - Primeiro-Ministro de Moçambique

 Carlos Agostinho do Rosário, nasceu a 26 de Outubro de 1954, na cidade de Maxixe, província de Inhambane. É filho de Agostinho Juisse e Rosa Sechene.
Rosário é Mestrado (MSc.) em Economia aplicada na área de Agricultura Sustentável e Desenvolvimento Rural, pela Imperial College em Wye – Universidade de Londres. E Bacharel em Economia pela Universidade Eduardo Mondlane – Maputo, Moçambique.
O seu percurso pelas instituições do Estado e privadas iniciou em 1977 como funcionário em tempo parcial no Ministério das Obras Públicas e Habitação, na área Económica e Financeira. Nesta instituição permaneceu até 1983.
De 1980 a 1982 foi professor de matemática, curso nocturno, no Instituto Industrial de Maputo. Em 1983, exerceu as funções de Economista na Empresa Agrícola de Citrinos de Manica, centro do país. Quatro anos depois, Rosário foi nomeado para o cargo de Governador da Província da Zambézia e Primeiro-Secretário do comité Provincial da Zambézia.
Em 1994, passa para Membro da Assembleia da República, tendo resignado por imposição legal, logo no início da legislatura, depois de ter sido nomeado para o cargo de Ministro da Agricultura e Pescas.








Esteve em frente daquele pelouro até o ano de 1999. Do último ano da década 90 até 2002, o seu percurso conheceu uma interrupção, tendo apenas exercido as suas funções de Membro do Comité Central do Partido Frelimo, uma tarefa que já exercia desde 1989. Em 2002 ocupou a posição de Alto-Comissário da República de Moçambique na India e Sri Lanka, uma missão que terminou em 2008.
Até ao dia em que foi nomeado para o cargo de PM, Rosário ocupava o cargo de Embaixador da República de Moçambique na Indonésia, com múltipla acreditação em Singapura, Malásia, Tailândia e Timor-Leste, função para a qual foi incumbido em 2009.
O titular da pasta responsável por assistir e aconselhar o Chefe do Estado na direcção do governo tem na sua bagagem sete obras escritas. Leitura, música e desporto (ginástica, futebol e natação) são as suas ocupações nos tempos livres.









Fotos de Carlos Uqueio-Reporter do Noticias e fotografo oficial do Primeiro-ministro





quinta-feira, 16 de julho de 2015

Voar é poder amar uma criança.

Voar é poder amar uma criança







Um abraço Charles Uqueio 

Ocorre-me agora a pupila minúscula de uma criança.
A sua engenharia
desde o corpo na guerreira pequenez ao dedo provador da boca.
Ocorre-me esta criança
este monge da franqueza em seu templo de inocência.
Amo-a.
Vivo-a.
Voar é poder amar uma criança
Sonhar-lhe o peso no colo, as mãos acariciantes
sobre a palma da alma. Ocorre-me agora
Voar é tardar a boca na rosa do rosto de uma criança.
Pronunciar-lhe a ternura,a seda fresca e pura da sua infância.
Voar é adormecer o homem na mão sonhadora de uma criança.



Texto: Eduardo White(falecido em 2014)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

'''ALMA DO PRATO'''

'''ALMA DO PRATO'''





Entre o vazio do prato e a geografia das barrigas cheias transformadas em depósitos das possibilidades de interpretar a voz do tempo que ilumina a nossa fome.
Reside uma luz, veloz acende nas palmas da esperança, limpa a penumbra que cobre o olhar silenciado pelo desejo , onde o próximo torna - se mais próximo.
Os sinos da procura, tocam em surdina em cada olhar dos meninos. 
Ei-los de novo na conquista do tempo que não cabe na alma do prato. 
Carlos Uqueio Parabéns.
Texto: Amosse Mucavele

''Flores que nunca murcham'' in Samora Machel



NOTICIAS DE UM SORRISO




Quando olho para esta imagem, com uma satisfação de dominar um abraço pela magia de um sorriso, o olhar de Carlos Uqueio traduz o que quer se dito e o que quer ser conhecido.
Eis a fonte da realização total e da gigantesca descoberta deste povo moçambicano, Uqueio reflecte as várias linguagens do tempo para expressar uma realidade plural, interrogante, desta época de regressos, dos movimentos atemporais.
Olhamos com os olhos prostrados na equação da "história do futuro" ou na multiplicação do "futuro da história"
Texto: Amosse Mucavele