sexta-feira, 28 de junho de 2024

                       Clicando fotos VS fotos que impactam

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental
Nos últimos anos, a fotografia passou por uma transformação significativa. Com o avanço tecnológico e a democratização dos equipamentos, o acto de capturar imagens tornou-se universal.
Entretanto, o que realmente distingue uma fotografia hoje em dia? Segundo o renomado fotojornalista indiano Jayanth Sharma, a resposta vai além do simples acto de pressionar o obturador.
Em uma era em que todos podem ser fotógrafos, o desafio reside em criar imagens que transcendam o comum e realmente ressoem com o espectador. Jayanth Sharma ressalta que não basta apenas "clicar fotos", é necessário buscar criar imagens que contem histórias, que transmitam emoções profundas, que provoquem reflexão e que deixem uma marca duradoura na mente de quem as vê.
O aumento exponencial no número de fotógrafos e na produção de conteúdo visual significa que há uma inundação constante de imagens competindo por nossa atenção. Nesse cenário saturado, a qualidade e o impacto das fotos se tornam ainda mais cruciais. É preciso mais do que técnica e equipamento avançado; é necessário um olhar sensível, uma capacidade de capturar momentos fugazes e uma habilidade de transformar o ordinário em algo extraordinário.
"É aí que aprender não apenas a clicar fotos, mas a criar fotos que realmente impactam faz toda a diferença", afirma Jayanth Sharma. A fotografia não é apenas uma representação visual, mas uma forma de arte que pode inspirar, informar e provocar mudanças. Fotos que impactam não são apenas vistas, são sentidas. Elas têm o poder de conectar pessoas, de narrar histórias silenciosas e de capturar a essência de um momento de forma tão visceral que transcende a simples apreciação visual.
Portanto, em um mundo inundado de imagens efêmeras, a busca por fotos que impactam não é apenas um desafio, mas uma necessidade. É um chamado para os fotógrafos não apenas capturarem o momento, mas para elevarem sua arte a um nível que inspire e deixe uma marca indelével na história visual de nosso tempo.
Fonte:
Jayanth Sharma, fotojornalista indiano de Vida Selvagem, Co-fundador e CEO da Toehold Travel.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

                            Guardiões da esperança


Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in Jornal Noticias'', Dia 22/06/2024

No vasto horizonte de desafios e bravuras, emerge a figura do soldado moçambicano, um guardião das terras sagradas da pátria, cujo valor ressoa como um hino de coragem e sacrifício. Estas imagens, captadas em Munguine, Manhiça, pelo repórter fotográfico do Notícias, Carlos Uqueio, mostram que, com passos firmes sobre a terra vermelha da sua pátria, o soldado carrega consigo não apenas o peso da sua farda, mas também o orgulho da sua história, enraizada na luta pela liberdade e na defesa da nação. Nas selvas densas e nos campos áridos, ele é a sentinela incansável, protegendo os alicerces da sociedade com o seu compromisso inabalável. A sua determinação é como um farol em meio a escuridão da incerteza, inspirando esperança e confiança em tempos de adversidade. Com cada missão cumprida, ele escreve um novo capítulo na epopeia da segurança nacional, onde o seu heroísmo ecoa como um tributo aos que vieram antes dele e como uma promessa para as gerações futuras. A bravura do soldado moçambicano é a chama que ilumina o caminho da justiça e da paz. Os seus feitos são como pérolas preciosas, adornando a coroa da nação com honra e glória. Em ti, o povo encontra o verdadeiro significado do amor pela terra e pela humanidade.

















quinta-feira, 20 de junho de 2024

 O Papel do Fotógrafo Institucional: Documentar, Comunicar e Preservar

 

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental

 

No universo corporativo e institucional, a imagem desempenha um papel fundamental na construção da identidade e na comunicação de uma organização. Nesse contexto, o fotógrafo institucional se destaca como uma peça chave, responsável por captar e traduzir visualmente a essência, os valores e as atividades de uma instituição. Este artigo explora o papel multifacetado do fotógrafo institucional, destacando sua importância, habilidades necessárias e os desafios enfrentados na atualidade.

 

Documentação Histórica e Identidade Corporativa

 

A função do fotógrafo institucional vai além do simples registro de eventos. Ele atua como um cronista visual, documentando momentos significativos que, juntos, constroem a história da organização. Segundo a autora Rosely Nakagawa, especialista em fotografia e curadoria, "a fotografia institucional é uma ferramenta essencial para a memória corporativa, preservando o patrimônio imaterial de uma organização" (Nakagawa, 2018). Essas imagens servem como um legado, permitindo que futuras gerações compreendam a trajetória e os marcos importantes da instituição.

 

Comunicação Visual e Imagem Pública

 

Além de documentar, o fotógrafo institucional tem um papel crucial na comunicação visual da organização. Suas fotos são usadas em campanhas publicitárias, relatórios anuais, sites institucionais e redes sociais, contribuindo para a construção e manutenção da imagem pública. O professor de comunicação visual Tom Ang destaca que "a fotografia institucional é vital para criar uma conexão emocional com o público-alvo, transmitindo valores e a cultura da empresa de forma eficaz" (Ang, 2016). Portanto, a habilidade de criar imagens que ressoem com a audiência é uma competência essencial para esses profissionais.

 

Habilidades e Competências

 

Para desempenhar seu papel com excelência, o fotógrafo institucional precisa dominar não apenas as técnicas fotográficas, mas também possuir um profundo entendimento sobre a instituição para a qual trabalha. Conhecer a missão, visão e valores da organização permite que ele capture imagens que realmente representem a identidade corporativa. Além disso, é fundamental estar atualizado com as tendências tecnológicas e de mercado, como aponta o fotógrafo e educador brasileiro Clicio Barroso: "O profissional deve estar sempre aprimorando suas habilidades e se adaptando às novas ferramentas e plataformas digitais" (Barroso, 2020).

 

Desafios na Era Digital

 

A era digital trouxe inúmeros benefícios, mas também desafios significativos para os fotógrafos institucionais. A proliferação de câmeras de alta qualidade em smartphones e a facilidade de compartilhamento de imagens nas redes sociais democratizaram a fotografia, mas também elevaram as expectativas em relação à qualidade e originalidade das imagens produzidas. Como afirma Susan Sontag, "a fotografia se tornou um meio ubíquo, o que exige dos fotógrafos institucionais uma busca constante por inovação e relevância" (Sontag, 1977).

 

Deve uma instituição investir no equipamento deste profissional?

 

A resposta é sim. Vou explicar com detalhes e veja a minha opinião abaixo:

Investir no equipamento do fotógrafo é crucial para qualquer instituição que valoriza a qualidade e o impacto visual de sua comunicação. Em um mundo cada vez mais digital e visual, imagens de alta qualidade são essenciais para capturar a atenção do público e transmitir a mensagem de maneira eficaz. Equipamentos modernos e de alta qualidade permitem que os fotógrafos capturem detalhes com precisão, alcancem uma maior variedade de efeitos visuais e produzam imagens que se destacam e representam a instituição de forma profissional.

 

Além disso, a tecnologia avançada em equipamentos de fotografia oferece maior eficiência e flexibilidade no trabalho do fotógrafo, permitindo cobrir eventos em diferentes condições de iluminação e movimento. Isso não só melhora a qualidade das imagens, mas também aumenta a produtividade, reduzindo o tempo necessário para ajustes e pós-produção. Em última análise, a melhoria da qualidade visual contribui significativamente para a imagem e a credibilidade da instituição, atraindo mais público, parceiros e investidores.

 

Portanto, ao investir no equipamento do fotógrafo, a instituição está garantindo que suas comunicações visuais sejam impactantes, profissionais e eficazes, resultando em um retorno positivo tanto na percepção do público quanto no sucesso das campanhas e projectos desenvolvidos.

 

 

Conclusão

 

O fotógrafo institucional desempenha um papel vital na documentação, comunicação e preservação da história e da identidade de uma organização. Sua capacidade de capturar a essência da instituição e transmiti-la ao público de forma autêntica e impactante é um diferencial que contribui para o sucesso e a longevidade das organizações. Em um mundo onde a imagem é cada vez mais poderosa, o trabalho desse profissional se torna indispensável.

 

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Referências:

 

- Nakagawa, Rosely. *A Fotografia Institucional e a Memória Corporativa*. Editora XYZ, 2018.

- Ang, Tom. *Visual Communication in the Digital Age*. Thames & Hudson, 2016.

- Barroso, Clicio. *Fotografia Contemporânea: Técnicas e Tendências*. Senac, 2020.

- Sontag, Susan. *On Photography*. Farrar, Straus and Giroux, 1977.

 

 Nairobi: O Coração do Quénia

Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in jornal domingo, 9/6/2024''

No coração da África Oriental, entre colinas verdejantes e planícies vastas, ergue-se a majestosa cidade de Nairobi, capital vibrante do Quénia. Nesta metrópole em constante movimento, cada rua, cada esquina, conta uma história, criando um tecido urbano rico e diversificado.

Ao nascer do sol, quando os primeiros raios dourados rompem o horizonte, Nairobi desperta para mais um dia de vida. Nas ruas estreitas e movimentadas, vai ganhando vida. E à medida que o dia avança, revela outra faceta de sua personalidade: tráfego intenso, que toma conta das ruas, transformando o centro da cidade num emaranhado de movimento ao som de buzinas.

Nas estradas em reabilitação, homens e máquinas trabalham incansavelmente para melhorar as infra-estruturas da cidade, criando estradas imponentes que ligam os bairros periféricos ao coração pulsante da metrópole.

E quando o sol se põe no horizonte, pintando o céu de tons quentes de laranja e vermelho, a cidade ganha uma nova vida. Os arranha-céus imponentes se iluminam, criando um espectáculo de luzes cintilantes que se estende até onde a vista alcança.

 

 Quais são as áreas de atuação de um fotojornalista: O olho da notícia?

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental.

 

No mundo contemporâneo, onde a informação é disseminada com velocidade sem precedentes, o fotojornalismo se destaca como uma profissão essencial. A figura do fotojornalista emerge como o "olho da notícia", capturando imagens que não só complementam as reportagens escritas, mas frequentemente as superam em impacto e capacidade de contar histórias. Mas quais são as áreas de atuação deste profissional que, armado com sua câmera, viaja pelo mundo documentando a realidade?

Cobertura de conflitos e crises humanitárias

Uma das áreas mais emblemáticas do fotojornalismo é a cobertura de conflitos e crises humanitárias. Fotojornalistas como Robert Capa e James Nachtwey tornaram-se ícones ao capturar momentos de guerra, desastres naturais e crises de refugiados. Segundo James Nachtwey, “Eu me tornei um fotógrafo de guerra para que as pessoas pudessem ver a verdadeira face da guerra” (Nachtwey, 1999). Este tipo de trabalho exige não apenas habilidades técnicas, mas também coragem e empatia, pois muitas vezes envolve estar em locais perigosos e testemunhar situações extremas.

Fotojornalismo Político

No campo político, o fotojornalista desempenha um papel crucial. Desde campanhas eleitorais até protestos e cúpulas governamentais, a câmera é uma testemunha silenciosa dos eventos que moldam nações. Brian McNair, em seu livro *News and Journalism in the UK*, destaca a importância das imagens na documentação e contextualização das dinâmicas de poder, oferecendo uma visão visual das ações e reações dos líderes políticos e da sociedade (McNair, 2017).

Desporto

A cobertura de eventos esportivos é outra área vibrante do fotojornalismo. As fotografias de momentos decisivos em competições, como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo, transmitem emoções intensas e capturam a essência do esporte. John Kessel, em seu artigo "Capturing the Moment: The Role of Photojournalism in Sports", discute como os fotojornalistas esportivos devem ter reflexos rápidos e um olho aguçado para antecipar momentos chave, garantindo que nada passe despercebido (Kessel, 2020).

Cultura e Entretenimento

No universo da cultura e entretenimento, o fotojornalista se debruça sobre shows, estreias de filmes, festivais e outros eventos culturais. As imagens de artistas em ação ou de momentos nos bastidores oferecem ao público uma visão íntima e cativante do mundo do entretenimento. John Berger, em seu clássico *Ways of Seeing*, explora como essas imagens podem oferecer novas perspectivas sobre a cultura e a arte (Berger, 1972).

Questões sociais e reportagens investigativas

Fotojornalistas também se envolvem profundamente em questões sociais e reportagens investigativas. Projetos a longo prazo que abordam problemas como desigualdade, pobreza, saúde pública e direitos humanos são fundamentais para conscientizar e promover mudanças sociais. Através de séries fotográficas, esses profissionais conseguem explorar e expor as complexidades das questões sociais de maneira poderosa e persuasiva, como destaca Errol Morris em *Believing Is Seeing* (Morris, 2011).

Meio Ambiente

A crescente preocupação com o meio ambiente também tem seu reflexo no fotojornalismo. Documentar os efeitos das mudanças climáticas, a destruição de ecossistemas e os esforços de conservação se tornou uma área vital. Anders Hansen, em *Environment, Media and Communication*, enfatiza que as imagens impactantes da degradação ambiental ou de espécies ameaçadas são instrumentos poderosos na sensibilização do público e na promoção de políticas sustentáveis (Hansen, 2018).

Conclusão

O fotojornalista é um contador de histórias visuais, cuja missão vai além de capturar momentos: é a de dar voz a imagens que falam por si. As diversas áreas de atuação do fotojornalismo – dos conflitos à política, dos esportes à cultura, das questões sociais ao meio ambiente – revelam a amplitude e a profundidade desta profissão. Em um mundo onde a imagem vale mais que mil palavras, o trabalho do fotojornalista é não apenas necessário, mas essencial para a compreensão do nosso tempo.

Referências

1. Nachtwey, James. *Inferno*. Phaidon Press, 1999.

2. McNair, Brian. *News and Journalism in the UK*. Routledge, 2017.

3. Kessel, John. "Capturing the Moment: The Role of Photojournalism in Sports." *Journal of Sports Media*, vol. 5, no. 3, 2020, pp. 233-247.

4. Berger, John. *Ways of Seeing*. Penguin Books, 1972.

5. Morris, Errol. *Believing Is Seeing: Observations on the Mysteries of Photography*. Penguin Press, 2011.

6. Hansen, Anders. *Environment, Media and Communication*. Routledge, 2018.

 

 

 A confiança no fotojornalismo: Vale a pena manter fotojornalistas nas redacções?

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental.

No cenário atual das mídias digitais e da facilidade de acesso a câmeras de alta qualidade em dispositivos móveis, a profissão de fotojornalista parece estar em um momento de redefinição. A questão central é: ainda vale a pena confiar em fotojornalistas para trabalharem numa redacção de jornal? Para responder a esta pergunta, é necessário explorar a importância do fotojornalismo, os desafios enfrentados pela profissão e as opiniões de especialistas.

A Importância do Fotojornalismo

O fotojornalismo desempenha um papel crucial na comunicação de notícias. Imagens têm o poder de transmitir emoções e informações de maneira imediata e impactante. Segundo Susan Sontag, em seu livro "On Photography" (1977), "fotografias não só são uma forma de arte mas também um meio de testemunho" (Sontag, 1977). Sontag argumenta que fotografias têm o poder de testemunhar eventos e realidades, muitas vezes de maneira mais efetiva do que palavras.

Além disso, o fotojornalismo tem uma função documental importante. Segundo Fred Ritchin, em "Bending the Frame: Photojournalism, Documentary, and the Citizen" (2013), "fotografias são ferramentas vitais para documentar a história e gerar consciência pública" (Ritchin, 2013). As imagens capturadas por fotojornalistas podem servir como evidências históricas e ajudar a moldar a percepção pública sobre eventos globais.

Desafios do fotojornalismo na era Digital

Apesar de sua importância, o fotojornalismo enfrenta desafios significativos na era digital. A proliferação de smartphones equipados com câmeras de alta qualidade fez com que qualquer pessoa pudesse capturar e compartilhar imagens instantaneamente. Esta democratização da fotografia levanta questões sobre a necessidade de fotojornalistas profissionais.

No entanto, a habilidade de capturar uma imagem não é sinônimo de competência fotojornalística. David Campbell, professor de fotografia e mídias, argumenta que "fotojornalistas não são apenas pessoas com câmeras, mas profissionais treinados que sabem como contar uma história visual de maneira ética e informada" (Campbell, 2014). Ele destaca que a formação e a experiência dos fotojornalistas são cruciais para garantir que as imagens sejam capturadas e apresentadas de maneira precisa e contextualizada.

Além disso, a edição e curadoria de imagens são habilidades fundamentais que um fotojornalista profissional possui. Segundo Michael Kamber, fundador do Bronx Documentary Center, "a seleção e edição de fotografias para contar uma história é uma arte e uma ciência, algo que requer anos de prática e compreensão profunda dos temas" (Kamber, 2016).

O futuro dos fotojornalistas nas redações

Dado o contexto atual, é crucial que as redacções reconheçam e valorizem a expertise dos fotojornalistas. Embora a tecnologia tenha democratizado a captura de imagens, a interpretação, ética e narrativa visual continuam sendo campos onde os fotojornalistas profissionais se destacam. Conforme apontado por Kenneth Irby, um especialista em ética do Poynter Institute, "a integridade do fotojornalismo profissional é essencial para a credibilidade das notícias e para a confiança do público" (Irby, 2015).

Além disso, a presença de fotojornalistas nas redacções garante que as histórias sejam contadas de maneira completa e profunda. Em um mundo onde a desinformação visual pode se espalhar rapidamente, o papel do fotojornalista como curador de imagens precisas e contextuais é mais relevante do que nunca.

Conclusão

Portanto, vale a pena confiar em fotojornalistas para trabalharem numa redacção de jornal. A combinação de habilidades técnicas, éticas e narrativas dos fotojornalistas profissionais é insubstituível. As redacções que investem em fotojornalistas não estão apenas preservando a integridade do jornalismo visual, mas também garantindo que suas histórias sejam contadas de maneira completa e verdadeira. Em última análise, a confiança no fotojornalismo é uma confiança na verdade e na qualidade da informação jornalística.

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Referências:

- Campbell, D. (2014). Photography and Media.

- Irby, K. (2015). Poynter Institute.

- Kamber, M. (2016). Bronx Documentary Center.

- Ritchin, F. (2013). Bending the Frame: Photojournalism, Documentary, and the Citizen.

- Sontag, S. (1977). On Photography.

 

 Pode um fotógrafo comer em eventos onde é chamado para prestar serviços?

Sim, um fotógrafo pode comer em eventos onde foi contratado para prestar serviços, mas isso geralmente depende das condições acordadas com o organizador do evento ou do contratante. Aqui estão algumas considerações e práticas comuns:

1. Contracto e acordos antecipados:

- É importante que o fotógrafo discuta antecipadamente com o cliente se a alimentação será fornecida durante o evento. Isso pode ser incluído no contrato para garantir clareza e evitar mal-entendidos.

2. Horários e pausas:

- Eventos longos geralmente têm pausas naturais onde o fotógrafo pode comer, especialmente durante momentos menos críticos para a fotografia, como durante refeições dos convidados.

3. Área designada:

- Em muitos eventos, especialmente casamentos e grandes festas, é comum reservar uma área específica onde os fornecedores (fotógrafos, músicos, etc.) possam fazer suas refeições.

4. Etiqueta e profissionalismo:

- Mesmo que a comida seja oferecida, é importante que o fotógrafo mantenha um comportamento profissional, garantindo que não perca momentos importantes do evento enquanto come. Planejar pausas estratégicas é essencial.

5. Expectativas culturais e pessoais:

- Em alguns casos, pode haver expectativas culturais ou específicas do cliente quanto à participação do fotógrafo nas refeições. Conhecer essas expectativas pode ajudar a evitar situações desconfortáveis.

Em resumo, é aceitável que um fotógrafo coma durante um evento, desde que isso seja discutido e acordado com antecedência e feito de maneira profissional, sem comprometer o serviço prestado.

Opinião de Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental.