quarta-feira, 3 de abril de 2024

 Um  paraíso chamado Inhaca


 Texto e fotos de Carlos Uqueio

A Ilha de Inhaca é um lugar paradisíaco, recomendável para os apaixonados por praias mais sossegadas. Ela dista a mais ou menos 40 quilómetros, aproximadamente 21.598 milhas náuticas (nmi), da capital de Maputo e é bastante visitada, sobretudo no Verão, por vários turistas nacionais e estrangeiros.

Para quem deseja conhecer este lindo paraíso, várias atracções poderão ser encontradas como meios de transporte, nomeadamente o barco de passageiros, que é mais económico e acessível; a lancha, que, embora seja um meio de transporte caro, é  mais rápida e confortável.

É  um lugar lindo e calmo, uma boa opção para quem deseja passar férias e/ou as festas de Natal, com familiares e amigos. Aliás, arriscaríamos em dizer que também é ideal para Lua de Mel.

Rica em gastronomia, não se pode sair daqui sem provar os seus pratos locais, como o camarão, lulas e diversificados pratos de peixe.

Os residentes, esses, guardam  traços importantes da sua cultura, de entre os quais se evidencia a honestidade, amabilidade e fraternidade que constituem um símbolo presente nos seus rostos acostumados ao contacto constante com turistas que vêm de diferentes partes do mundo, com destaque para sul-africanos, angolanos, suázis e etc..

Prazer, Inhaca.  

Publicado no jornal domingo-31.03.2024

 










 

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

                                            Dezasseis horas em Acra

                                          

 Gana, cuja capital é Acra, é um país africano localizado na região da África Ocidental. É banhado pelo oceano Atlântico ao Sul e faz fronteira com Burkina Faso ao Norte, Costa do Marfim ao Oeste e Togo ao Este. O turismo é uma actividade económica de grande importância para a geração de receitas, registando em média 1 milhão de visitantes internacionais anualmente. Por essa razão, tem sido tratado como uma área estratégica para o crescimento do país.

De cultura rica e diversa, que reflecte a vida de diferentes grupos étnicos, tem também influência dos países vizinhos e dos europeus. Pelas ruas de Acra, é possível ver a batalha enfrentada por senhoras, jovens e até crianças, que praticam o comércio informal com a finalidade de ganhar o seu pão de forma honesta. 
São cidadãos engolidos pelo tráfego nesta grande cidade que é caracterizada por grandes congestionamentos nas horas de ponta ao longo da semana, o que torna a sua mobilidade caótica durante este período.

Em Acra é comum a realização de festivais e celebrações centrados na vida em comunidade, com motivos que variam de acordo com os costumes de um determinado grupo étnico.

Expressões artísticas como o artesanato feito com madeira, metais (ouro, prata) ou em tecidos, a música, dança e a literatura, principalmente em língua inglesa, são características da cultura de Gana, conforme documentam os clicks captados numa tarde em Acra, que acompanham esta breve descrição.

 

Texto e fotos de Carlos Uqueio

Publicado no Jornal domingo 25/02/2024















sábado, 16 de dezembro de 2023

                           Resgatar e cultivar a solidariedade


     

Por Carlos Uqueio & Lucas Muaga, publicado no dia 16/12/2023, Jornal noticias

“UMA mão lava a outra”, diz um velho adágio aqui convocado para falar de um assunto sempre relevante, a solidariedade, definida pelos dicionários como um sentimento que leva alguém a tentar ajudar o outro ou a compartilhar o seu infortúnio. Vê-se de antemão que estamos perante um dos valores mais nobres da humanidade e, olhando para as vicissitudes diárias, podemos notar que, em muitos, fica-nos o desafio de resgatar este valor supremo. Este “Clickadas” é constituído por fotografias captadas em vários pontos de Maputo pelo repórter fotográfico do “Notícias” Carlos Uqueio, como quem diz: podemos começar por apoiar os nossos irmãos deficientes, até porque a mostra de Uqueio é justamente montada no mês em que se assinala o 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Do resto, preferimos deixar as images falarem por si mesmas, pois já sabemos que elas valem mais do que mil palavras.








terça-feira, 21 de novembro de 2023

                                Quando a natureza decide rebelar-se

                                    

Por Carlos Uqueio e Lucas Muaga,publicado na edição do dia 18/11/2023.Jornal noticias

A EROSÃO costeira está a atacar o bairro dos Pescadores, na Costa do Sol, cidade de Maputo. A areia anda tão sumida ao ponto ser possível apreciar as raízes das árvores. Vive-se um clima de perigo iminente. A qualquer momento, as árvores podem cair, e sabe-se lá que danos criarão. Estão todos cautelosos, pois o vento e o mar também andam agitados, que o diga o muro de contenção ali construído. Está “estatelado” no chão, incapaz de conter a fúria das águas, como se estivesse rendido e a pedir socorro. Agora são o mar, as árvores e o vento em direcção combativa. É, enfim, a natureza a rebelar-se à sua maneira. Esta pequena mostra fotográfica, montada pelo repórter de imagem do “Notícias” Carlos Uqueio, denuncia o acima exposto e alerta para a possibilidade de desaparecimento de uma zona, por sinal nobre, da capital do país e que merece um cuidado especial das autoridades.  
















segunda-feira, 6 de novembro de 2023

                                          Alguns pedaços de futuro


Por Carlos Uqueio & Gil Filipe, publicado no jornal noticias 28/10/2023

A educação é um dos pilares para a construção de uma nação. É por isso que ela não tem que ser negligenciada e é por isso que, neste espaço, temos trazido várias reflexões sobre este sector. Em Moçambique ela é há muito assumida como desafio, porém ainda longe de poder ser considerada a ideal, porque as dificuldades e as anomalias ainda são várias. Entre a insuficiência de infra-estruturas e de meios de aprendizagem o que se mantém é o entusiasmo de muitos meninos para irem às escola buscarem o saber e sob a batuta de professores, que são a ponte para o alcançarem. As imagens do nosso colega Carlos Uqueio, captadas recentemente na Zambézia, testemunham essa negação à resignação e o entusiasmo de quem já é o futuro deste país.







 

sábado, 30 de setembro de 2023

                                            Por Samora... vai uma dança


Por Carlos Uqueio & Gil Filipe, Publicado no jornal noticias 30/09/2023

DE tudo o que sabemos de Samora Machel acrescentamos mais algo, que também sabemos. Foi um grande impulsionador da cultura moçambicana. A Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD), qual monstro com vida intermitente no panorama artístico nacional, é disso testemunha. Homenageou o primeiro Presidente moçambicano na quinta-feira, na inauguração do Centro Cultural Moçambique-China, em Maputo. Foi através de uma actuação soberba, no dia em que, fosse vivo, Samora faria 90 anos. De certeza exultaria de muita alegria. A CNCD montou há alguns anos a peça “Hanya Machel” (vive, Machel, traduzido do Xichangana) e o propósito foi exactamente este: celebrar a vida e a obra de um homem que ajudou a construir Moçambique e os seus valores. Pena a sua vida ter sido interrompida a 19 de Outubro de 1986, quando o avião em que viajava se despenhou em Mbuzini, África do Sul. Mas esse não foi o fim de Samora, pois ele ainda vive no seio dos moçambicanos. É caso para dizer: vive, Machel!, como retratam as imagens do nosso colega Carlos Uqueio.