Quando o lixo enfeita a capital
Por Carlos Uqueio, publicado na edição do jornal Noticias,13/07/24
Carlos Uqueio,repórter & monitor em fotografia documental e jornalística,é um jovem moçambicano, natural e residente em Maputo. Muito cedo descobriu a sua paixão pela fotografia, onde veio a formar-se no Centro de Documentação & Formação Fotográfica de Maputo. Teve uma breve passagem pelos Jornais: ExpressoMoz, Público e Debatemoz. Actualmente trabalha como Repórter- fotográfico do Noticias e já colaborou com o Gabinete de Imprensa do Primeiro-Ministro como Fotógrafo Oficial de 2015-2025
Quando o lixo enfeita a capital
Por Carlos Uqueio, publicado na edição do jornal Noticias,13/07/24
Buracos nas vias da Cidade de Maputo
Texto e fotos: Carlos Uqueio- repórter e monitor em fotografia jornalística e documental
Nos últimos meses, os motoristas que trafegam pelas estradas da cidade de Maputo têm enfrentado um desafio crescente: os buracos que têm surgido e se expandido rapidamente nas vias urbanas.Esses buracos não apenas representam perigo para a segurança dos condutores, mas também têm causado danos significativos aos veículos dos moradores locais.
Os relatos de motoristas frustrados são frequentes, com muitos compartilhando histórias de pneus furados, rodas danificadas e suspensões comprometidas devido aos impactos com os buracos. Em casos extremos, alguns veículos têm ficado inutilizáveis, necessitando de reparos caros e imprevistos. Ao percorrer as principais vias da cidade rapidamente, é possível observar a presença de crateras profundas em vários pontos críticos, como na Avenida Julius Nyerere e na Avenida Eduardo Mondlane, entre outros locais.
A situação se agrava durante períodos chuvosos, quando os buracos se enchem de água, tornando-se ainda mais difíceis de serem evitados pelos motoristas.
Sensibilidade no olhar fotográfico: Uma jornada de profundidade e reflexão.
Clicando fotos VS fotos que impactam
Guardiões da esperança
Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in Jornal Noticias'', Dia 22/06/2024
No vasto horizonte de desafios e bravuras, emerge a figura do soldado moçambicano, um guardião das terras sagradas da pátria, cujo valor ressoa como um hino de coragem e sacrifício. Estas imagens, captadas em Munguine, Manhiça, pelo repórter fotográfico do “Notícias”, Carlos Uqueio, mostram que, com passos firmes sobre a terra vermelha da sua pátria, o soldado carrega consigo não apenas o peso da sua farda, mas também o orgulho da sua história, enraizada na luta pela liberdade e na defesa da nação. Nas selvas densas e nos campos áridos, ele é a sentinela incansável, protegendo os alicerces da sociedade com o seu compromisso inabalável. A sua determinação é como um farol em meio a escuridão da incerteza, inspirando esperança e confiança em tempos de adversidade. Com cada missão cumprida, ele escreve um novo capítulo na epopeia da segurança nacional, onde o seu heroísmo ecoa como um tributo aos que vieram antes dele e como uma promessa para as gerações futuras. A bravura do soldado moçambicano é a chama que ilumina o caminho da justiça e da paz. Os seus feitos são como pérolas preciosas, adornando a coroa da nação com honra e glória. Em ti, o povo encontra o verdadeiro significado do amor pela terra e pela humanidade.
O Papel do Fotógrafo Institucional: Documentar, Comunicar e Preservar
Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental
No universo corporativo e institucional, a imagem desempenha um papel fundamental na construção da identidade e na comunicação de uma organização. Nesse contexto, o fotógrafo institucional se destaca como uma peça chave, responsável por captar e traduzir visualmente a essência, os valores e as atividades de uma instituição. Este artigo explora o papel multifacetado do fotógrafo institucional, destacando sua importância, habilidades necessárias e os desafios enfrentados na atualidade.
Documentação Histórica e Identidade Corporativa
A função do fotógrafo institucional vai além do simples registro de eventos. Ele atua como um cronista visual, documentando momentos significativos que, juntos, constroem a história da organização. Segundo a autora Rosely Nakagawa, especialista em fotografia e curadoria, "a fotografia institucional é uma ferramenta essencial para a memória corporativa, preservando o patrimônio imaterial de uma organização" (Nakagawa, 2018). Essas imagens servem como um legado, permitindo que futuras gerações compreendam a trajetória e os marcos importantes da instituição.
Comunicação Visual e Imagem Pública
Além de documentar, o fotógrafo institucional tem um papel crucial na comunicação visual da organização. Suas fotos são usadas em campanhas publicitárias, relatórios anuais, sites institucionais e redes sociais, contribuindo para a construção e manutenção da imagem pública. O professor de comunicação visual Tom Ang destaca que "a fotografia institucional é vital para criar uma conexão emocional com o público-alvo, transmitindo valores e a cultura da empresa de forma eficaz" (Ang, 2016). Portanto, a habilidade de criar imagens que ressoem com a audiência é uma competência essencial para esses profissionais.
Habilidades e Competências
Para desempenhar seu papel com excelência, o fotógrafo institucional precisa dominar não apenas as técnicas fotográficas, mas também possuir um profundo entendimento sobre a instituição para a qual trabalha. Conhecer a missão, visão e valores da organização permite que ele capture imagens que realmente representem a identidade corporativa. Além disso, é fundamental estar atualizado com as tendências tecnológicas e de mercado, como aponta o fotógrafo e educador brasileiro Clicio Barroso: "O profissional deve estar sempre aprimorando suas habilidades e se adaptando às novas ferramentas e plataformas digitais" (Barroso, 2020).
Desafios na Era Digital
A era digital trouxe inúmeros benefícios, mas também desafios significativos para os fotógrafos institucionais. A proliferação de câmeras de alta qualidade em smartphones e a facilidade de compartilhamento de imagens nas redes sociais democratizaram a fotografia, mas também elevaram as expectativas em relação à qualidade e originalidade das imagens produzidas. Como afirma Susan Sontag, "a fotografia se tornou um meio ubíquo, o que exige dos fotógrafos institucionais uma busca constante por inovação e relevância" (Sontag, 1977).
Deve uma instituição investir no equipamento deste profissional?
A resposta é sim. Vou explicar com detalhes e veja a minha opinião abaixo:
Investir no equipamento do fotógrafo é crucial para qualquer instituição que valoriza a qualidade e o impacto visual de sua comunicação. Em um mundo cada vez mais digital e visual, imagens de alta qualidade são essenciais para capturar a atenção do público e transmitir a mensagem de maneira eficaz. Equipamentos modernos e de alta qualidade permitem que os fotógrafos capturem detalhes com precisão, alcancem uma maior variedade de efeitos visuais e produzam imagens que se destacam e representam a instituição de forma profissional.
Além disso, a tecnologia avançada em equipamentos de fotografia oferece maior eficiência e flexibilidade no trabalho do fotógrafo, permitindo cobrir eventos em diferentes condições de iluminação e movimento. Isso não só melhora a qualidade das imagens, mas também aumenta a produtividade, reduzindo o tempo necessário para ajustes e pós-produção. Em última análise, a melhoria da qualidade visual contribui significativamente para a imagem e a credibilidade da instituição, atraindo mais público, parceiros e investidores.
Portanto, ao investir no equipamento do fotógrafo, a instituição está garantindo que suas comunicações visuais sejam impactantes, profissionais e eficazes, resultando em um retorno positivo tanto na percepção do público quanto no sucesso das campanhas e projectos desenvolvidos.
Conclusão
O fotógrafo institucional desempenha um papel vital na documentação, comunicação e preservação da história e da identidade de uma organização. Sua capacidade de capturar a essência da instituição e transmiti-la ao público de forma autêntica e impactante é um diferencial que contribui para o sucesso e a longevidade das organizações. Em um mundo onde a imagem é cada vez mais poderosa, o trabalho desse profissional se torna indispensável.
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Referências:
- Nakagawa, Rosely. *A Fotografia Institucional e a Memória Corporativa*. Editora XYZ, 2018.
- Ang, Tom. *Visual Communication in the Digital Age*. Thames & Hudson, 2016.
- Barroso, Clicio. *Fotografia Contemporânea: Técnicas e Tendências*. Senac, 2020.
- Sontag, Susan. *On Photography*. Farrar, Straus and Giroux, 1977.
Nairobi: O Coração do Quénia
Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in jornal domingo, 9/6/2024''
No coração da África Oriental, entre colinas verdejantes e planícies vastas, ergue-se a majestosa cidade de Nairobi, capital vibrante do Quénia. Nesta metrópole em constante movimento, cada rua, cada esquina, conta uma história, criando um tecido urbano rico e diversificado.
Ao nascer do sol, quando os primeiros raios dourados rompem o horizonte, Nairobi desperta para mais um dia de vida. Nas ruas estreitas e movimentadas, vai ganhando vida. E à medida que o dia avança, revela outra faceta de sua personalidade: tráfego intenso, que toma conta das ruas, transformando o centro da cidade num emaranhado de movimento ao som de buzinas.
Nas estradas em reabilitação, homens e máquinas trabalham incansavelmente para melhorar as infra-estruturas da cidade, criando estradas imponentes que ligam os bairros periféricos ao coração pulsante da metrópole.
E quando o sol se põe no horizonte, pintando o céu de tons quentes de laranja e vermelho, a cidade ganha uma nova vida. Os arranha-céus imponentes se iluminam, criando um espectáculo de luzes cintilantes que se estende até onde a vista alcança.