segunda-feira, 15 de julho de 2024

                         Quando o lixo enfeita a capital

Por Carlos Uqueio, publicado na edição do jornal Noticias,13/07/24 

O LIXO voltou a “assombrar” as ruas da capital do país. Esta pequena mostra fotográfica do repórter de imagem Carlos Uqueio não nos deixa mentir. Maputo enfrenta um grave problema na gestão do lixo como é visível em muitas esquinas. A colecta irregular e a falta de consciencialização resultam numa paisagem urbana desoladora, onde sacos plásticos e restos de alimentos acumulam-se rapidamente. E as consequências vão além da estética da urbe, pois os resíduos atraem pragas e poluem a água. A transformação de Maputo numa cidade limpa e comprometida com o meio ambiente depende do compromisso de todos nós. No entanto, apela-se às autoridades a colocarem as mãos à obra. Que se inconformem perante tamanha anomalia.












quarta-feira, 10 de julho de 2024

                            Buracos nas vias da Cidade de Maputo

Texto e fotos: Carlos Uqueio- repórter e monitor em fotografia jornalística e documental 


Nos últimos meses, os motoristas que trafegam pelas estradas da cidade de Maputo têm enfrentado um desafio crescente: os buracos que têm surgido e se expandido rapidamente nas vias urbanas.Esses buracos não apenas representam perigo para a segurança dos condutores, mas também têm causado danos significativos aos veículos dos moradores locais.


Os relatos de motoristas frustrados são frequentes, com muitos compartilhando histórias de pneus furados, rodas danificadas e suspensões comprometidas devido aos impactos com os buracos. Em casos extremos, alguns veículos têm ficado inutilizáveis, necessitando de reparos caros e imprevistos. Ao percorrer as principais vias da cidade rapidamente, é possível observar a presença de crateras profundas em vários pontos críticos, como na Avenida Julius Nyerere e na Avenida Eduardo Mondlane, entre outros locais.


A situação se agrava durante períodos chuvosos, quando os buracos se enchem de água, tornando-se ainda mais difíceis de serem evitados pelos motoristas.















quinta-feira, 4 de julho de 2024

 Sensibilidade no olhar fotográfico: Uma jornada de profundidade e reflexão.



Artigo de opinião escrito por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental
A arte da fotografia transcende a simples captura de imagens; ela é um reflexo da nossa percepção e sensibilidade em relação ao mundo. Neste contexto, aprimorar o olhar fotográfico não é apenas um processo técnico, mas uma jornada de autoconhecimento e conexão com a essência das coisas.
Como fotojornalista, tenho experimentado o poder transformador de enxergar além do visível. Cada fotografia não é apenas um registro, mas uma interpretação pessoal do momento presente. É uma tentativa de capturar não só a luz e a forma, mas também a alma que habita cada cena.
Desenvolver sensibilidade fotográfica vai muito além de dominar as técnicas de composição e exposição. É preciso estar atento aos detalhes sutis: a interação entre a luz e sombra que revela texturas ocultas, o instante fugaz que captura uma emoção genuína, ou o ângulo que revela uma história inédita.
Ao longo da minha jornada profissional, tenho aprendido que a verdadeira beleza da fotografia reside na capacidade de transmitir emoções complexas através de imagens aparentemente simples. Cada clique da câmera é uma escolha consciente de como interpretar o mundo e compartilhar essa interpretação com os outros.
Para mim, a fotografia não é apenas um meio de expressão artística, mas uma forma de explorar e compreender melhor o mundo ao meu redor. Cada projecto fotográfico é uma oportunidade para mergulhar em novas perspectivas, desafiar preconceitos e revelar verdades universais através da lente da minha câmera.
Convido todos os amantes e apreciadores da fotografia jornalística a se juntarem a mim nessa jornada de descoberta e autoexpressão. Que possamos todos explorar as profundezas da nossa criatividade e sensibilidade, capturando não apenas imagens, mas também histórias que inspiram, provocam e unem pessoas de diferentes culturas e origens.
Que cada fotografia seja uma reflexão do nosso compromisso com a beleza, a verdade e a compaixão. Que possamos usar nossa arte não apenas para documentar o mundo, mas para transformá-lo positivamente, despertando consciências e celebrando a diversidade que enriquece nossa experiência humana.
Nesta jornada contínua de crescimento e aprendizado, que cada novo clique nos aproxime um passo mais perto da perfeição técnica e da profundidade emocional que buscamos alcançar como fotojornalistas e como seres humanos.
Um abraço fraternal

sexta-feira, 28 de junho de 2024

                       Clicando fotos VS fotos que impactam

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental
Nos últimos anos, a fotografia passou por uma transformação significativa. Com o avanço tecnológico e a democratização dos equipamentos, o acto de capturar imagens tornou-se universal.
Entretanto, o que realmente distingue uma fotografia hoje em dia? Segundo o renomado fotojornalista indiano Jayanth Sharma, a resposta vai além do simples acto de pressionar o obturador.
Em uma era em que todos podem ser fotógrafos, o desafio reside em criar imagens que transcendam o comum e realmente ressoem com o espectador. Jayanth Sharma ressalta que não basta apenas "clicar fotos", é necessário buscar criar imagens que contem histórias, que transmitam emoções profundas, que provoquem reflexão e que deixem uma marca duradoura na mente de quem as vê.
O aumento exponencial no número de fotógrafos e na produção de conteúdo visual significa que há uma inundação constante de imagens competindo por nossa atenção. Nesse cenário saturado, a qualidade e o impacto das fotos se tornam ainda mais cruciais. É preciso mais do que técnica e equipamento avançado; é necessário um olhar sensível, uma capacidade de capturar momentos fugazes e uma habilidade de transformar o ordinário em algo extraordinário.
"É aí que aprender não apenas a clicar fotos, mas a criar fotos que realmente impactam faz toda a diferença", afirma Jayanth Sharma. A fotografia não é apenas uma representação visual, mas uma forma de arte que pode inspirar, informar e provocar mudanças. Fotos que impactam não são apenas vistas, são sentidas. Elas têm o poder de conectar pessoas, de narrar histórias silenciosas e de capturar a essência de um momento de forma tão visceral que transcende a simples apreciação visual.
Portanto, em um mundo inundado de imagens efêmeras, a busca por fotos que impactam não é apenas um desafio, mas uma necessidade. É um chamado para os fotógrafos não apenas capturarem o momento, mas para elevarem sua arte a um nível que inspire e deixe uma marca indelével na história visual de nosso tempo.
Fonte:
Jayanth Sharma, fotojornalista indiano de Vida Selvagem, Co-fundador e CEO da Toehold Travel.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

                            Guardiões da esperança


Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in Jornal Noticias'', Dia 22/06/2024

No vasto horizonte de desafios e bravuras, emerge a figura do soldado moçambicano, um guardião das terras sagradas da pátria, cujo valor ressoa como um hino de coragem e sacrifício. Estas imagens, captadas em Munguine, Manhiça, pelo repórter fotográfico do Notícias, Carlos Uqueio, mostram que, com passos firmes sobre a terra vermelha da sua pátria, o soldado carrega consigo não apenas o peso da sua farda, mas também o orgulho da sua história, enraizada na luta pela liberdade e na defesa da nação. Nas selvas densas e nos campos áridos, ele é a sentinela incansável, protegendo os alicerces da sociedade com o seu compromisso inabalável. A sua determinação é como um farol em meio a escuridão da incerteza, inspirando esperança e confiança em tempos de adversidade. Com cada missão cumprida, ele escreve um novo capítulo na epopeia da segurança nacional, onde o seu heroísmo ecoa como um tributo aos que vieram antes dele e como uma promessa para as gerações futuras. A bravura do soldado moçambicano é a chama que ilumina o caminho da justiça e da paz. Os seus feitos são como pérolas preciosas, adornando a coroa da nação com honra e glória. Em ti, o povo encontra o verdadeiro significado do amor pela terra e pela humanidade.

















quinta-feira, 20 de junho de 2024

 O Papel do Fotógrafo Institucional: Documentar, Comunicar e Preservar

 

Por: Carlos Uqueio, repórter e monitor em fotografia jornalística e documental

 

No universo corporativo e institucional, a imagem desempenha um papel fundamental na construção da identidade e na comunicação de uma organização. Nesse contexto, o fotógrafo institucional se destaca como uma peça chave, responsável por captar e traduzir visualmente a essência, os valores e as atividades de uma instituição. Este artigo explora o papel multifacetado do fotógrafo institucional, destacando sua importância, habilidades necessárias e os desafios enfrentados na atualidade.

 

Documentação Histórica e Identidade Corporativa

 

A função do fotógrafo institucional vai além do simples registro de eventos. Ele atua como um cronista visual, documentando momentos significativos que, juntos, constroem a história da organização. Segundo a autora Rosely Nakagawa, especialista em fotografia e curadoria, "a fotografia institucional é uma ferramenta essencial para a memória corporativa, preservando o patrimônio imaterial de uma organização" (Nakagawa, 2018). Essas imagens servem como um legado, permitindo que futuras gerações compreendam a trajetória e os marcos importantes da instituição.

 

Comunicação Visual e Imagem Pública

 

Além de documentar, o fotógrafo institucional tem um papel crucial na comunicação visual da organização. Suas fotos são usadas em campanhas publicitárias, relatórios anuais, sites institucionais e redes sociais, contribuindo para a construção e manutenção da imagem pública. O professor de comunicação visual Tom Ang destaca que "a fotografia institucional é vital para criar uma conexão emocional com o público-alvo, transmitindo valores e a cultura da empresa de forma eficaz" (Ang, 2016). Portanto, a habilidade de criar imagens que ressoem com a audiência é uma competência essencial para esses profissionais.

 

Habilidades e Competências

 

Para desempenhar seu papel com excelência, o fotógrafo institucional precisa dominar não apenas as técnicas fotográficas, mas também possuir um profundo entendimento sobre a instituição para a qual trabalha. Conhecer a missão, visão e valores da organização permite que ele capture imagens que realmente representem a identidade corporativa. Além disso, é fundamental estar atualizado com as tendências tecnológicas e de mercado, como aponta o fotógrafo e educador brasileiro Clicio Barroso: "O profissional deve estar sempre aprimorando suas habilidades e se adaptando às novas ferramentas e plataformas digitais" (Barroso, 2020).

 

Desafios na Era Digital

 

A era digital trouxe inúmeros benefícios, mas também desafios significativos para os fotógrafos institucionais. A proliferação de câmeras de alta qualidade em smartphones e a facilidade de compartilhamento de imagens nas redes sociais democratizaram a fotografia, mas também elevaram as expectativas em relação à qualidade e originalidade das imagens produzidas. Como afirma Susan Sontag, "a fotografia se tornou um meio ubíquo, o que exige dos fotógrafos institucionais uma busca constante por inovação e relevância" (Sontag, 1977).

 

Deve uma instituição investir no equipamento deste profissional?

 

A resposta é sim. Vou explicar com detalhes e veja a minha opinião abaixo:

Investir no equipamento do fotógrafo é crucial para qualquer instituição que valoriza a qualidade e o impacto visual de sua comunicação. Em um mundo cada vez mais digital e visual, imagens de alta qualidade são essenciais para capturar a atenção do público e transmitir a mensagem de maneira eficaz. Equipamentos modernos e de alta qualidade permitem que os fotógrafos capturem detalhes com precisão, alcancem uma maior variedade de efeitos visuais e produzam imagens que se destacam e representam a instituição de forma profissional.

 

Além disso, a tecnologia avançada em equipamentos de fotografia oferece maior eficiência e flexibilidade no trabalho do fotógrafo, permitindo cobrir eventos em diferentes condições de iluminação e movimento. Isso não só melhora a qualidade das imagens, mas também aumenta a produtividade, reduzindo o tempo necessário para ajustes e pós-produção. Em última análise, a melhoria da qualidade visual contribui significativamente para a imagem e a credibilidade da instituição, atraindo mais público, parceiros e investidores.

 

Portanto, ao investir no equipamento do fotógrafo, a instituição está garantindo que suas comunicações visuais sejam impactantes, profissionais e eficazes, resultando em um retorno positivo tanto na percepção do público quanto no sucesso das campanhas e projectos desenvolvidos.

 

 

Conclusão

 

O fotógrafo institucional desempenha um papel vital na documentação, comunicação e preservação da história e da identidade de uma organização. Sua capacidade de capturar a essência da instituição e transmiti-la ao público de forma autêntica e impactante é um diferencial que contribui para o sucesso e a longevidade das organizações. Em um mundo onde a imagem é cada vez mais poderosa, o trabalho desse profissional se torna indispensável.

 

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Referências:

 

- Nakagawa, Rosely. *A Fotografia Institucional e a Memória Corporativa*. Editora XYZ, 2018.

- Ang, Tom. *Visual Communication in the Digital Age*. Thames & Hudson, 2016.

- Barroso, Clicio. *Fotografia Contemporânea: Técnicas e Tendências*. Senac, 2020.

- Sontag, Susan. *On Photography*. Farrar, Straus and Giroux, 1977.

 

 Nairobi: O Coração do Quénia

Texto e fotos de Carlos Uqueio, ''in jornal domingo, 9/6/2024''

No coração da África Oriental, entre colinas verdejantes e planícies vastas, ergue-se a majestosa cidade de Nairobi, capital vibrante do Quénia. Nesta metrópole em constante movimento, cada rua, cada esquina, conta uma história, criando um tecido urbano rico e diversificado.

Ao nascer do sol, quando os primeiros raios dourados rompem o horizonte, Nairobi desperta para mais um dia de vida. Nas ruas estreitas e movimentadas, vai ganhando vida. E à medida que o dia avança, revela outra faceta de sua personalidade: tráfego intenso, que toma conta das ruas, transformando o centro da cidade num emaranhado de movimento ao som de buzinas.

Nas estradas em reabilitação, homens e máquinas trabalham incansavelmente para melhorar as infra-estruturas da cidade, criando estradas imponentes que ligam os bairros periféricos ao coração pulsante da metrópole.

E quando o sol se põe no horizonte, pintando o céu de tons quentes de laranja e vermelho, a cidade ganha uma nova vida. Os arranha-céus imponentes se iluminam, criando um espectáculo de luzes cintilantes que se estende até onde a vista alcança.